A necessidade de financiamento para trocar de carro, comprar um eletrodoméstico novo, fazer a remodelação de nossa casa ou até pagar dívidas levam-nos a procurar o auxílio de instrumentos de crédito bancário como o crédito pessoal ou o crédito consolidado.
No caso destas duas ferramentas de financiamento, e apesar de carregarem no nome a palavra “crédito” e da existência do crédito consolidado estar umbilicalmente ligado ao crédito pessoal, existem diferenças substanciais entre ambos.
Para além de lhe darmos a conhecer em que consiste cada uma destas modalidades de crédito, ao longo deste artigo vamos tentar explicar-lhe quais as diferenças entre elas e a forma como se podem relacionar. Venha daí.
Ao contrário do que veremos no crédito consolidado, o crédito pessoal (ou empréstimo pessoal) é uma solução de crédito que se destina, especialmente, a quem procura uma forma de financiamento rápida e que não necessite de muitas garantias apesar de, esporadicamente, ser também utilizada para “cobrir” um crédito anterior.
Contudo, nesta última situação, há que estar atento aos juros praticados e ao valor das mensalidades para que perceba se vale ou não a pena contrair um crédito pessoal para eliminar um anterior.
Apesar de, como veremos mais à frente, também ser possível utilizar o crédito consolidado para garantir um financiamento extra para a compra de um bem ou serviço, esta função é mais característica do Crédito Pessoal que, além disso, permite que a quantia pedida seja mais tarde aumentada, algo que não se verifica no crédito consolidado.
De modo geral, os valores mínimos de financiamento através de um crédito pessoal situam-se entre os 250 e os 300 euros, enquanto o limite máximo pode variar entre 40 e 75 mil euros, dinheiro que pode entrar na conta bancária no espaço de dois dias úteis se o cliente quiser um crédito pessoal rápido.
Dependendo do montante em causa, a instituição bancária analisará a situação financeira do candidato ao crédito, tendo em conta alguns requisitos importantes que garantam que irá conseguir honrar o compromisso do pagamento, nomeadamente:
Exemplo prático
Tome-se, por exemplo, o caso do Rui que acaba de ver o seu carro entregar a alma ao criador. Como trabalha longe da sua área de residência e não existem transportes públicos que lhe permitam entrar e sair a horas do trabalho, o personagem do nosso exemplo precisa de comprar um carro que lhe dê garantias no imediato.
Depois de uma pesquisa viu um automóvel que lhe enchia as medidas, mas o preço colocava-se como um entrave à compra. Como recorrer às poupanças estava fora de questão, o Rui decide apostar numa solução de crédito pessoal do Unibanco.
No simulador de crédito pessoal que esta instituição disponibiliza no seu site, o Rui faz as contas a um crédito de 5 mil euros para ser pago em 24 meses. O resultado é uma prestação mensal de 222,73 euros (TAEG a 9,5% e TAN a 6,250%).
Como o resultado foi do seu agrado, passou ao pedido de contratualização imediata, algo que só é possível porque o Unibanco garante uma adesão totalmente digital a esta modalidade de crédito.
Para além da possibilidade de contratualizar um crédito pessoal online, esta solução de financiamento oferecerá ao Rui mensalidades fixas e isenção de comissões de abertura, mesmo este nosso personagem sendo cliente de outro banco.
A simulação apresentada diz respeito a um financiamento de €5.000 a pagar em 24 mensalidades de €222,73. TAN 6,250% e TAEG 9,5%. MTIC €5.477,53.
Consolidar créditos implica, na prática, juntar todos os créditos que detenha num só de modo a simplificar os pagamentos mensais, uma vez que esta solução garante-lhe uma taxa fixa, um prazo fixo e uma única prestação mensal.
Ao contrário do crédito pessoal, este crédito é especialmente concebido para reorganizar a situação financeira de quem se vê a braços com uma taxa de esforço mensal que ultrapassa a percentagem definida como “saudável” pelo Banco de Portugal que se situa nos cerca de 50%.
Para recorrer à consolidação de créditos, há algumas condições que têm de ser cumpridas (podem variar de acordo com a instituição financeira):
Por norma, o crédito consolidado é utilizado em três cenários que, contudo, não se excluem mutuamente:
Quando os créditos pessoais se acumulam e elevam a sua taxa de esforço (Encargos financeiros / Rendimento Líquido Total do Agregado x 100) para uma percentagem superior a 50% do seu rendimento mensal, é sinal de que deve começar a pensar num crédito consolidado de modo a reduzir o encargo com as prestações.
Exemplo prático
Por exemplo, o rendimento líquido total do casal Pedro e Inês é de 2400 euros, mas já somam 45 mil euros em dívida decorrente de créditos contraídos com prestações mensais no valor total de 1400 euros.
Calculada a taxa de esforço (Encargos financeiros / Rendimento Líquido Total do Agregado) x 100), chegamos a uma percentagem de 58,3%.
De entre as várias soluções presentes no mercado, este casal decide confiar, à semelhança do que o Rui fez quando precisou de um crédito pessoal para comprar um carro novo, a redução das suas prestações mensais e a entrada em território financeiro saudável ao crédito consolidado Unibanco.
Esta instituição oferece aos clientes a possibilidade de, antes de contratarem o serviço, realizarem uma simulação de crédito consolidado para valores entre 5 e 75 mil euros em função de prazos de pagamento que vão dos 24 aos 84 meses.
O Pedro e a Inês decidem apenas juntar créditos e pedir 45 mil euros a serem pagos em 72 meses. Feita a simulação, o casal obteve uma prestação mensal de 867,91 euros. Isto significa que, além de ficarem com uma prestação mensal fixa mais baixa, a sua taxa de esforço desceu para uns saudáveis (segundo as regras do Banco de Portugal) 36,1%.
A simulação apresentada diz respeito a um financiamento de €45.000 a pagar em 72 mensalidades de €867,91. TAN 11,050% e TAEG 13,2%. MTIC €63.678,15.
O casal Pedro e Inês apenas pediram o valor suficiente para cobrirem as dívidas decorrentes dos créditos anteriores, mas nada os impedia de terem requisitado 50 ou 75 mil euros. É que, para além de ajudar a reduzir as prestações mensais e garantir taxas e juros fixos, o crédito consolidado pode também comportar-se como uma “espécie” de crédito pessoal, auxiliando a quem a ele recorre uma almofada financeira para suportar os imprevistos ou suprir qualquer necessidade, premente ou não, sem correr o risco de entrar em endividamento.
O crédito consolidado não está restrito a quem tenha problemas financeiros decorrentes do pagamento de prestações de créditos contraídos. Esta solução financeira também pode servir de processo de simplificação de pagamentos a quem tenha várias prestações mensais em diferentes dias do mês.
Com um crédito consolidado, o consumidor passa a pagar apenas uma prestação mensal num dia certo, e sempre com o mesmo montante.
Se, como vimos, o crédito pessoal e o crédito consolidado podem entrar no terreno um do outro, os objetivos e os consumidores a quem se destinam não são propriamente os mesmos.
Por norma, quem recorre a um crédito pessoal tem por objetivo colmatar uma necessidade de financiamento que se relaciona com a compra de um bem ou serviço (um carro ou um pacote de férias, por exemplo) ou tratar de despesas inesperadas.
Já no caso do crédito consolidado, o caso é diferente. Por norma, o crédito consolidado aparece como um instrumento de organização da situação financeira dos consumidores seja por estrangulamento do orçamento familiar mensal devido a prestações de créditos anteriores que ameaçam com o sobre-endividamento apenas ou para simplificar o pagamento de prestações para quem tem dificuldades em acompanhar os dias em que vencem as mensalidades e não quer falhar o seu pagamento.